(Resenha) Passarinha - Kathryn Erskine

Titulo: Passarinha, Autora: Kathryn Erskine, Edição: 1, Editora: Valentina, Ano:2013, Páginas: 224                                                                                                                  

No mundo de Caitlin tudo é preto ou branco. As coisas são boas ou más. Qualquer coisa no meio do caminho é confuso. Essa é a máxima que o irmão mais velho de Caitlin sempre repetiu. Mas agora Devon está morto e o pai não está ajudando em nada. Caitlin quer acabar com isso, mas como uma menina de onze anos de idade, com síndrome de Asperger ela não sabe como. Quando ela lê a definição de encerramento ela percebe que é o que ela precisa. Em sua busca por ele, Caitlin descobre que nem tudo é preto ou branco, o mundo está cheio de cores, confuso e bonito.

Passarinha é o primeiro livro da autora Kathryn Erskine, publicado no Brasil pela editora Valentina, com um enredo dramático. O livro foi minha terceira escolha nas leituras da parceira Valentina e ainda me pergunto por que demorei tanto a escolher, com uma narrativa simples na visão da personagem principal me peguei amando Caitlin por sua sensibilidade, seu modo de ver a vida e sua honestidade.

Caitlin tem 11 anos e é altruísta. Ela não compreende quando uma pessoa esta sendo, cruel ou mesmo solidária, a garota só quer ficar sozinha e não gosta que a toquem, ela ainda necessita que as pessoas falem com ela de forma que ela consiga entender, e os sentimentos a deixa confusa.

Kathryn Erskine não lhe apresentada somente uma criança especial, mas te apresenta uma criança corajosa, sensível e determinada, que não vê sua dificuldade como um problema e sim parte da sua vida.

Caitlin é tão vivida que as parte onde ela chorava ou nervosa eu ficava junto com ela, e em seus momentos de pessoa determinadas eu me pegava sendo mais corajosa para enfrentar o mundo. Ela não é capaz de entender quando alguém é cruel, e desta forma ela leva todas as palavras ao pé da letra, e chega algumas vezes a ser até engraçado e outras extremamente duras.

Coisas difíceis acontecem quando um garoto passar por Caitlin é a chama de “perdedora”, a resposta dada por ela, foi como se eu tivesse levado um tapa na cara, por que de uma forma despretensiosa e simples ela responde. “Sou mesmo, mas vou continuar tentando.” Nessa parte ela não estava se diminuindo, mas sim apontando um fato verdadeiro na visão dela. Kathryn Erskine além de desenvolver uma historia onde seu protagonista tem uma carência, ela ainda o coloca em um momento de caos onde tudo vai por água abaixo, e o sofrimento, e a dor chega a um nível critico, que um ser humano pode aguenta.

 Eu estou falando isso por que o livro trabalha com um massacre em uma escola, e a vida de todos na cidade é afetada de uma maneira direta ou indiretamente. E infelizmente a vida dessa linda menininha é afetada de uma forma tão dolorosa, pois com a morte de seu irmão ela agora tem que enfrentar um novo desafio, que é continuar sua caminhada, sem seu porto seguro, quem sempre lhe explicou o que podia ou não fazer perto das pessoas e ainda ajudava ao seu pai  a lidar com a perca de seu primogênito, seu menino brilhante com um coração de ouro, tirado de uma forma tão cruel.  

E em contra partida seu pai tem que aprender a lidar sozinho com ela, uma criança que não suporta ser tocada que ler milhares de livros e leva todas as palavras ao pé da letra, que o mínimo pode a desencadear a um ataque de gritos ou choros que demoram a passar, mas que não a impedi de estudar, construir coisas e acreditar que todo mundo precisa de um final, mesmo que para chegar até ele às coisas sejam difíceis e dolorosas, mas, todo mundo precisa dele e nessa procura por um dia diferente que essa menininha vai marcando a vida dos outros personagens e a sua como leitor. 

Livro cedido para resenha pela editora .